A SPEA iniciou na primeira semana de janeiro, no âmbito do projeto LIFE IP Azores Natura, um sistema integrado de controlo de roedores na Mata dos Bispos que consiste, basicamente, na monitorização dos roedores e na manutenção de armadilhas.
Os roedores invasores representam uma ameaça à conservação das aves devido à predação em ninhos. Além disso, estudos prévios de monitorização da presença destes organismos durante o restauro ecológico, têm demonstrado que os roedores são atraídos para estas áreas, provavelmente pela presença da equipa que está a desenvolver os trabalhos no campo.
As armadilhas instaladas foram previamente testadas e apresentaram uma boa eficácia para o rato da quinta (Rattus rattus) e o murganho (Mus musculus). Trata-se de armadilhas automatizadas que não utilizam isco tóxico e que apenas são capazes de atuar sobre espécies de ratos. Portanto, para além de exigir um baixo esforço de manutenção, o uso destas armadilhas vai de encontro às boas práticas para uma gestão florestal responsável.
As armadilhas também possuem um contador para registar a quantidade de roedores eliminados, que geralmente são removidos do local por predadores naturais, como o milhafre e o mocho. Estes dados são importantes para avaliar a eficácia das armadilhas. O nível de infestação dos roedores na Mata dos Bispos será avaliado periodicamente utilizando-se dispositivos de monitorização.
O controlo de roedores na Mata dos Bispos representa uma boa prática de biossegurança para a equipa operacional da SPEA e é uma estratégia para melhorar a qualidade do habitat do priolo. Espera-se que a diminuição da densidade de roedores invasores tenha um efeito positivo no sucesso reprodutivo do priolo através da redução da predação em seus ovos e crias.
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