quarta-feira, 4 de abril de 2018

Conservação de aves marinhas de Santa Maria à Graciosa


Os trabalhos dos projectos LuMinAves e MISTIC SEAS II tem decorrido em estreita sinergia e com a colaboração da equipa OKEANOS da Universidade dos Açores. Durante o mês de Março uma equipa da SPEA e do OKEANOS deslocou-se a Santa Maria (mais precisamente ao ex-libris das aves marinhas na ilha do Sol, o ilhéu da Vila) para recolher a unidade de gravação automática (aí colocada com o intuito de estimar a abundância do roque-de-castro Hydrobates castro) no âmbito do pilar número 1 do projecto LuMinAves, o conhecimento.


Cria de frulho
Foto: TPipa

Foi ainda realizada a monitorização da abundância, sucesso reprodutor e taxa de sobrevivência de frulho Puffinus lherminieri  no âmbito do projecto Mistic Seas II. Foi com grande prazer que tivemos a acompanhar os trabalhos a directora do Parque Natural de ilha, a Dra. Rita Câmara que colaborou activamente e com bastante entusiasmo, tendo inclusive encontrado um dos ninhos de frulho, nas prospecções e inclusive anilhou outros 2. 

Dra. Rita Câmara a anilhar um frulho no ilhéu da Vila
Foto: Miriam Cuesta
No âmbito do pilar número 2 (divulgação) realizamos ainda em parceria com o Parque Natural de ilha uma sessão pública relativa ao LuMinAves (8 participantes, uma vez que teve que ser reagendada dado o cancelamento da equipa devido aos nevoeiros, que causaram ainda o cancelamento das actividades de educação ambiental, que tentaremos reagendar numa próxima visita).

Sessão pública sobre o projecto LuMinAves em Vila do Porto
Foto: Elizabeth Atchoi

Depois da ilha amarela seguimos para a ilha Branca e como habitual tivemos o apoio indispensável do Parque Natural da Graciosa, desde a ajuda na limpeza dos 50 ninhos artificiais para painho-de-monteiro Hydrobates monteiroi no ilhéu de Baixo, onde foi também recolhida a a unidade de gravação automática que aí se encontrava a recolher a informação para estimar a abundância do roque-de-castro.

Limpeza de ninhos artificiais de painho-de-monteiro no ilhéu de Baixo em colaboração com a vigilante Joana do Parque Natural de ilha
Foto: Carlos Silva

E no transporte para o ilhéu da Praia onde a monitorização da abundância, sucesso reprodutor e taxa de sobrevivência que decorreu num "encontro entre espécies", uma em fim de época de nidificação, roque-de-castro (ainda se encontravam algumas crias praticamente voadoras no ninho), uma em plena época de nidificação, o frulho e para terminar uma a iniciar a época de nidificação, o painho-de-monteiro (alguns indivíduos já se encontravam nos ninhos, primeiras prospecções).

Encontro de espécies, painho-de-monteiro à esquerda, frulho no meio e roque-de-castro à direita.
Foto: Elizabeth Atchoi

Para terminar,  é de ressalvar a importância das entidades locais (Parques Naturais nomeadamente) que com o seu conhecimento mais profundo do terreno contribuem para uma melhor aplicação e implementação dos trabalhos facilitando a nossa integração e o estabelecimento de contactos essenciais para a boa execução dos projectos.

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