Logo no início do projeto, e através do levantamento das áreas a intervencionar verificou-se que iriam ser necessárias mais plantas do que as inicialmente previstas. Isto foi especialmente importante para as duas ações que tinham como intuito o restauro de áreas de Laurissilva Mésica gravemente invadidas por incenso: o gradiente altitudinal e a linha de água na vertente entre a Malhada e a Fajã de Rodrigo. Por este motivo, e para otimizar a produção de plantas, foi estabelecida uma parceria com a Direção Regional dos Recursos Florestais (DRRF), através do Serviço Florestal do Nordeste (SFN), com ampla experiência na produção de espécies nativas arbóreas. Os viveiros do projeto, localizados na Quinta da Direção Regional de Desenvolvimento Agrário (DRDA) de Santo António Nordestinho, ficaram assim mais especializados na produção de espécies herbáceas e arbustivas e de sementes para aplicação de sementeira direta.
No total do projeto foram produzidas e utilizadas aproximadamente 300 000 plantas de 32 espécies diferentes, das quais os viveiros do projeto produziram a metade e os SFN aproximadamente a outra metade. Para além das plantas produzidas para o restauro ecológico das áreas de Laurissilva, foram produzidos quase 900 kg de sementes de espécies herbáceas e arbustivas utilizados para estabilização de taludes através da técnica da hidrossementeira.
Figura_ Plantas produzidas ao longo do projeto LIFE+ Terras do Priolo
Do total das plantas produzidas pelos viveiros do Projeto LIFE+ Terras do Priolo e do SFN, a grande maioria foi destinada ao restauro de um gradiente altitudinal de floresta Natural, seguindo-se uma área também muito invadida por incenso Pittosporum undulatum na Mata dos Bispos onde foram desenvolvidos testes para o controlo desta espécie invasora. Para além das plantas utilizadas no restauro ecológico de habitats prioritários, também foram utilizadas em várias ações de sensibilização ambiental através da cedência das mesmas às escolas, a particulares e também na criação demonstrativa de áreas com uso ornamental de espécies nativas dos Açores. A SPEA agradece também a todos os voluntários, visitantes que levaram plantas nativas e endémicas para o seu jardim, aumentando a divulgação das plantas nativas dos Açores.
Figura_Utilização das plantas produzidas nos viveiros do projeto LIFE+ Terras do Priolo e cedidas pelo SFN
Sem comentários:
Enviar um comentário